Orquídeas podem ser o segredo para um repelente de mosquitos
By ecoflora In Dicas, notíciasUm novo estudo sugere que os compostos químicos presentes nas orquídeas podem ser cruciais para o futuro desenvolvimento de novos repelentes de mosquitos.
Os mosquitos são animais sedentos por sangue e, como todos sabemos, os humanos são dos pratos preferidos destes insetos. Não só são incomodativos, como também podem ser perigosos, havendo sempre o risco de transmitirem doenças na altura da picada.
Algo que pode não saber é que apenas as fêmeas se alimentam de sangue e apenas o consomem por alguns dias das suas vidas. No resto do tempo, alimentam–se de néctar de flores, que, por sua vez, é a única fonte de alimento dos mosquitos machos.
Agora, de acordo com o New Atlas, uma nova investigação mostra que as flores para além de terem a capacidade de atrair mosquitos, algumas delas têm a habilidade totalmente oposta, conseguindo mesmo repeli-los. Um estudo foi publicado recentemente na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
Desta forma, no futuro, armadilhas para mosquitos e repelentes podem ser feitos com base em químicos presentes em flores. Os cientistas notaram que os mosquitos mais comuns têm uma preferência especial pela espécie de orquídea Platanthera obtusata, graças ao seu odor.
“Muitas vezes descrevemos o odor como se fosse uma coisa”, lê-se no comunicado de imprensa, “mas o odor é na verdade uma combinação complexa de produtos químicos e os mosquitos podem detetar os tipos individuais de produtos químicos que compõem um perfume”.
Como tal, decidiram identificar os químicos presentes nesta espécie de orquídea, dos quais se destacam dois que não estão presentes noutras espécies. O químico nonanaldeído tinham uma maior prevalência, enquanto o aldeído lilás tinha uma menor prevalência. Além disso, o aroma era capaz de atrair tanto machos como fêmeas.
“O aldeído lilás pode ser um potencial repelente”, conclui Jeffrey Riffell, coautor do estudo. “Mas isso precisa de ser verificado em futuras experiências, tanto em laboratório como em campo”.
Fonte: zap.aeiou