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Oito dicas para melhorar o cultivo de orquídeas

O início da primavera marca a chegada das flores. Mas, apesar disso, algumas espécies sensíveis podem fugir à regra. Orquídeas são bons exemplos. O florescimento desta espécie está muito ligado à sua total adaptação no ambiente e não apenas à estação. Aspectos como o excesso (ou a falta) de luz e água, o uso de substratos inadequados e alterações bruscas no local de cultivo afetam os brotos. É essencial conhecer o tipo da espécie para adequar os cuidados. As orquídeas são resistentes, mas exigem atenção. Questões relacionadas à falta de adubação e espaço também influenciam em seu desenvolvimento.

É importante ressaltar que as orquídeas demoram até três meses para se adaptar a novos ambientes e, muitas vezes, têm intervalos de floração de dois anos. Uma boa tática que abrevia o surgimento de floradas é o uso de fertilizantes – sendo o tipo 10/30/10 o mais indicado – três meses antes da época de florescimento. Mas o problema da falta de flores pode estar relacionado à ausência de estímulos. Segundo a orquidófila Rose Hariki, algumas plantas precisam se sentir ameaçadas para florir. “É o caso da espécie Dendrobium. Quando a rega acontece normalmente não há estímulo, por isso, o ideal é reduzir a quantidade de água antes da floração”, diz “Já a orquídea Cymbidium gosta de frio e sente-se estimulada com pedras de gelo na terra.”

O lugar do plantio é outro aspecto relevante e que deve ser analisado segundo a espécie. Orquídeas preferem estar em árvores (principalmente as epífitas, que vivem sobre outras plantas) de copas não muito fechadas, ou ainda em suportes de fibras de coco. O problema de plantar na terra é o risco de acumular água e das raízes ficarem submersas. Uma alternativa para as espécies que se desenvolvem melhor em vasos – a Cymbidium, por exemplo – é investir na drenagem. Para tanto, o ideal é preencher 1/3 do vaso com pedra ou caco de cerâmica. “A troca do vaso deve ser feita logo após a compra. As raízes das orquídeas devem ficar arejadas, por isso, coloque-as em um recipiente de barro com furos”, afirma Margarete Linhares Cavalcante, paisagista.

Escolher bem o local para deixar a planta é mais um fator decisivo. Nada de colocar a orquídea em lugares com ar-condicionado ou muito vento. A insolação do meio-dia também não é adequada, pois queima as folhas. O melhor é deixá-la em locais protegidos – que captem somente a luz do sol (e não o calor) – durante períodos da manhã e tarde. Uma dica para saber se a planta gostou do lugar é reparar em seu crescimento: caso surjam novas raízes você acertou. “Às vezes, o simples aumento de luz permite que ela se desenvolva e floresça. Em dias de muito calor, é importante ainda regar de duas a três vezes e pulverizar as folhas com água”, afirma Rose.

Doenças e outros problemas

Diversos são os males que atingem as orquídeas. Os problemas vão desde a infestação de pulgões e caramujos, até a falta de nutrientes. A presença de insetos deve ser combatida de maneira rápida para que a planta não seja afetada. Mas alguns problemas exigem até a aplicação de remédios. Listamos abaixo alguns dos diagnósticos mais recorrentes nas espécies doentes:

- Pontos pretos – queimadura do sol, falta de água ou nutrientes

- Folhas enrugadas – falta de água

- Bulbo encolhido – falta de água e nutrientes

- Manchas – ataque de fungos ou bactérias

- Folha amarelada – excesso de agua ou falta de nutrientes

- Buracos nas folhas – ataque de fungos

Fonte: IG